A PROSA AUTOTEORIZANTE EM VIAGENS NA MINHA TERRA E EM AMOR DE PERDIÇÃO COMO CONTRIBUIÇÃO AO LETRAMENTO LITERÁRIO

Autores

  • Thiago Bittencourt Universidade Estadual de Ponta Grossa

Resumo

Trata-se de um estudo sobre duas obras da literatura portuguesa, Viagens na minha terra, de Almeida Garrett, e Amor de perdição, de Camilo Castelo Branco, com o objetivo de verificar como elas apresentam características autorreflexivas, ou seja, como se mostram teorizantes do próprio evento narrativo. Além disso, busca-se perceber quais as possíveis relações dos romances com o ensino de literatura. Para tanto, fundamos a nossa discussão em Karin Volobuef, com o conceito de ironia romântica, e em Jonathan Culler, sobretudo a respeito da autorreflexão literária. Avançamos nossas consultas ao documento oficial Orientações curriculares para o ensino médio, no capítulo em que se refere aos conhecimentos de literatura, para compreender as possíveis contribuições da prosa autoteorizante ao letramento literário.

 

DOI: 10.18304/1984-6614/scripta.alumni.n16p150-165

 

Biografia do Autor

Thiago Bittencourt, Universidade Estadual de Ponta Grossa

Graduado em Licenciatura em Letras - Português/Inglês em 2015 pela UEPG. Atualmente é mestrando do curso de Pós-graduação Mestrado em Linguagem, Identidade e Subjetividade. Área de concentração Subjetividade, Texto e Ensino.

Referências

BRANCO, C. C. Amor de perdição. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.

BRASIL. Linguagens, códigos e suas tecnologias. Orientações curriculares para o ensino médio, v. 1. Brasília: Ministério da Educação; Secretaria da Educação Básica, 2006, p. 49-81.

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GARRETT, A. Viagens na minha terra, v. 1031. 1. ed. Porto Alegre: L & PM Pocket, 2012.

ROUANET, S. P. A forma shandiana. Hipertrofia e subjetividade. In: _____. Riso e melancolia: a forma shandiana em Sterne, Diderot, Xavier de Maistre, Almeida Garrett e Machado de Assis. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 17-33.

VOLOBUEF, K. Ironia romântica. In: _____. Frestas e arestas. A prosa de ficção do romantismo na Alemanha e no Brasil. São Paulo: UNESP, 1999, p. 90-99.

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Publicado

2016-12-07

Edição

Seção

O sujeito em sociedade